Kit inicial de locação para obra: 6 itens que giram rápido

O momento favorece quem entra na locação com foco em giro. Em 2024, a construção civil brasileira avançou 4,3% e fechou o ano com PIB de R$ 359,5 bilhões, segundo a CBIC a partir de dados do IBGE, reforçando o volume de obras em andamento. No mesmo período, o investimento da economia (FBCF) chegou a 17% do PIB, e a venda de máquinas de construção cresceu — com destaque para a linha amarela, que subiu 14% e ajudou a levar o total do mercado para perto de 59 mil unidades no ano. Para quem vive de locação, é combustível para ocupação alta e receita recorrente.

Por que começar com um kit compacto

Empreiteiros e construtores buscam soluções de aluguel que resolvem o básico da obra, do preparo do terreno à alvenaria e contenção. Um kit inicial bem escolhido reduz o CAPEX, facilita a manutenção e permite atender desde reformas até canteiros de pequeno e médio porte, com giro distribuído ao longo do mês. A chave é combinar itens de alta demanda com acessórios padronizados e contratos claros.

1 – Betoneira é a espinha dorsal do canteiro

A betoneira atende da casa em reforma ao pequeno prédio. É robusta, fácil de operar e tem aceitação imediata. Gira bem porque a alvenaria é contínua na maioria das obras. Em mix nacional, a categoria é uma das mais representativas em locação, com alta participação nas vendas para o segmento, reflexo do papel central do aluguel no abastecimento do mercado. Foque em modelos com peças de reposição disponíveis e manutenção simples. Acompanhe com cabos, plugues industriais e check-list de limpeza para evitar parada por cimento endurecido.

2 – Compactador de percussão resolve base e valas

O “sapo” entrega compactação eficiente em áreas confinadas, valas e preparação de base para calçadas e pisos. É equipamento de giro rápido, com diárias que cabem no orçamento de pequenas equipes e retorno frequente para manutenção preventiva. Em períodos de obras urbanas e saneamento, a procura sobe junto com a atividade geral da construção, que se manteve aquecida em 2024. Garanta estoque de batentes, filtros e vedações para trocas rápidas.

3 – Placa vibratória dá velocidade em calçadas e pavers

A placa de 60 a 90 kg atende assentamento de pavers e recomposição de base com produtividade e baixa complexidade operacional. A demanda acompanha pavimentação leve e obras de paisagismo, muito presentes em cronogramas municipais quando o investimento em obras acelera. O cenário recente de mercado, com vendas de equipamentos em alta, é um bom sinal para o giro de compactação leve.

4 – Rompedor elétrico é coringa para demolição controlada

Martelete rompedor de 8 a 12 kg, com encaixe SDS Max, entra em quase toda obra para abrir rasgos, remover cerâmica e ajustar vãos. Acompanha bem com kit de ponteira, talhadeira e pá larga. A rotatividade é alta porque atende desde a fase de demolição até ajustes do acabamento, e o frete é simples. Padronize cabos e maletas para reduzir perdas e agilizar conferência na devolução.

5 – Andaime tubular e escoras metálicas

Estruturas modulares para fachadas, pinturas e pequenas elevações têm uso transversal e contrato de prazo mais longo, o que suaviza a sazonalidade dos elétricos portáteis. Em termos de mercado, a locação ganhou relevância como forma de acesso a equipamentos e soluções de obra, reforçada pelo aquecimento do setor e pelo apetite das empresas por alugar em vez de imobilizar capital. Padronize travamentos, rodízios e notas de montagem; treine o cliente para inspeções rápidas.

6 – Bomba submersível evita interrupções e multas

Drenagem é dor recorrente em fundações, valas e porões. A bomba de 2″ com mangueira layflat e conexão rápida sai para emergências e retorna com frequência. O risco operacional é baixo se houver inspeção de vedação e troca de selo mecânico nos intervalos corretos. É o tipo de item que salva cronograma — e por isso raramente encalha.

Quanto investir, quanto cobrar e quando o dinheiro volta

Preço e payback dependem da sua praça, mas dá para desenhar um kit que começa pequeno e paga rápido. A simulação abaixo usa valores de referência e metas de ocupação conservadoras, apenas para orientar a montagem do mix.

Como montar o mix e operar com margem

Comece com duas a três unidades por item, aumentando onde a procura provar maior. Em praças com muitas obras de calçamento, a placa vibratória tende a sair mais; onde há reforma residencial, o rompedor domina. Nos contratos, use reajuste por índice oficial, cobre por acessórios e crie pacotes semanais para suavizar sazonalidade. O pano de fundo macro — construção aquecida, investimento elevado e mercado de equipamentos em expansão — dá fôlego para segurar preço sem abrir mão da taxa de ocupação.

Operação simples que acelera o giro

Padronize contratos por diária, semana e mês com franquias de uso e taxas claras para acessórios. Faça check-in e check-out fotográfico, teste funcional no balcão e manutenção preventiva a cada retorno. Combine vendas de consumíveis com o aluguel para melhorar ticket e reduzir improviso na obra. E monitore ocupação por família de itens: se um equipamento volta rápido demais, talvez o preço esteja baixo; se não volta, ajuste canais ou reposicione a diária